Barbara Köhler
alemão
Máquina zero
Quarto dia: entendo que o q
ue preciso, se q
uero mesmo continuar a p
erambular com alguma chance de êxito p
or uma cidade ( duas ) como Berlim, é
de sapatos de largo fôlego. Caminho ( penso e
nquanto caminho ), permeável a t
udo: ao frio sol cortante, às crianças t
urcas com seu comércio informal de b
rinquedos usados, à b
eleza sem rumo da adolescente que ( longas p
ernas abertas sobre um p
rosaico selim de bicicleta ) c
avalga o c
omeço da tarde, aos grafites que “d
ariam belas fotos”, à Topografia d
o Terror, às ruínas, ao r
asta que me saúda ( “R
asta!” ) na Wilhelmstrasse, às l
ascas do Muro na vitrine da pequena l
oja, ao a
marelo-zoom do metrô a
pontando na curva a
ntes do teatro, à
História,
Nullschnittmaschine
Vierter tag: Erkenne die n
otwendigkeit, will ich n
och weitermachen, i
rren mit aussicht auf erfolg i
n einer stadt (zweien) w
ie Berlin, für schuhe mit langem atem. W
andere (und denk dabei) für alles d
urchlässig, für die grellkalte sonne, d
ie türkischen kinder mit ihrem s
traßenhandel für gebrauchte s
pielzeuge, für die ziellose schönheit des m
ädchens, das in den beginnenden nachmittag (m
it ihren langen, auf einen g
ewöhnlichen fahrradsattel g
espreizeten beinen) reitet, für „u
nglaubliche fotomotive“ diese graffittis u
nd die topographie des terrors, für die r
uinen, für den rasta, der mich grüßt („R
asta!“) in der wilhelmstraße, in den a
uslagen des lädchens die mauersplitter, das a
ufzoomende u-bahn-gelb a
n der kurve beim theater, historisch, à
história,
Die Übersetzung entstand im Rahmen des Übersetzungsworkshops
Versschmuggel des Poesiefestivals Berlin 2012