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Wingston González

Torá(x)h II

  • 1 [la vida es un fonógrafo] | Traduções : deru
  • 2 sobre el fondo de una canción de Calle 13 | Traduções : deru
  • 3 Deep Sailent Complete es | Traduções : de
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  • 6 Gabriela se esconde en su cuarto a ver un fragmento de una película de Lars Von Trier | Traduções : de
  • 7 Torá(x)h II | Traduções : de
  • 8 Poema de Cámara a media cuerda para Marilyn | Traduções : de
  • 9 [retrato con madona, santos y granero] | Traduções : en
  • 10 Vida de parque | Traduções : en
língua: espanhol
Traduções : alemão (T(h)ora(x) II)
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Torá(x)h II

Antes que abril perforara ojos, antes de muerta. Dos días después del abuelo, tres antes de madre. Playa, silencio, no pregunta. Nace otoño, olvido, abuela, polvo lo que nadie extraña. Digo ahora porque dije memoria, algo desaparece, las ruinas de jardines del porvenir. Fogatas, extraña vestimenta. Qué extraña la música; de las palabras; que no conducen a nada. Pregunto por la inflexión; imposible en lo escrito. Noches de sábado, todo llena sala de gaviotas. Digo porque otras palabras cobijan pechos con esperanza de barcos. Digo porque decir trae mareas, trae astronautas. Las pisciformes caras de angustia en novelas victorianas riegan arena sobre inicua televisión de martes. Tambores atados sandalias, etc. Digo porque esparzo ceniza dentro de mí, mar agitado soy en espera de polvo estelar para destruirse. Jardín soy que se forma en medio de un nudo. Instalación soy en el océano hecha por aire.

Acá, de lejos de todo, piel de durazno. Digo a mal. Con rabia digo. De a sorbos, espero viento, en sueño digo. Al pie del silencio germina cada mundo de invierno. Dos días después del abuelo tres antes de madre, calendariopierdesentidoantelaverdad.

Antes que abril perforara ojos, J ve a Platón junto a la hamaca del patio. El ver verbo fulmina como queriendo morir, lluvia, polvo. Como queriendo

             Ya, da igual.

                                       así octubre                     así octubre
                                       -genérica dictadura-   -dictadura-
                                       del fuego                         de mineral
                                       de costillas                     evas muertas
                                       parceladas                     fr agme nt adas
                                       en vocablos                    en nada
                                       insulina                           al ser vacío
                                       Fausto                             un verbo
                                       tierra, chimenea           conspira, contrac
                                       de cielo roto                   nspira, por, pa
                                                                                 ra nosotros
             Ya,
             da igual.

© Wingston González
Produção de áudio: Literaturwerkstatt Berlin, 2013
Kategorien: Poesia experimental, Língua

Traduções :

língua: alemão

T(h)ora(x) II

Bevor der April Augen durchstäche, bevor sie eine Tote wäre. Zwei Tage nach dem Großvater, drei vor der Mutter. Strand, Stille, sie fragt nicht. Wird im Herbst geboren, Vergessen, Großmutter, Staub, den niemand vermisst. Sage ich jetzt weil ich Erinnerung gesagt habe, etwas verschwindet, die Ruinen der Gärten der Zukunft. Lagerfeuer, seltsame Kleidung. Wie sonderbar die Musik; von den Worten; die zu nichts führen. Ich frage warum der andere Ton; unmöglich im Geschriebenen. Samstagnachts, alles füllt den Saal mit Möwen. Sage ich, weil andere Worte Brüste mit der Hoffnung der Schiffe bedecken. Sage ich, weil sagen Gezeiten bringt, Mondfahrer. Die fischförmigen Gesichter der Angst in viktorianischen Romanen spritzen Sand auf niederträchtiges Dienstagsfernsehen. Zusammengebundene Trommeln Sandalen, usw. Sage ich weil ich Asche verstreue in mir, ein aufgewühltes Meer bin, wenn ich warte dass der Sternenstaub zerfällt. Bin ein Garten, der mitten in einem Knoten gedeiht. Bin eine Installation in einem Ozean aus Luft.

Hier, weit entfernt von allem, Pfirsichhaut. Sage ich bös. Sage ich wütend. Ich erwarte schluckweise Wind, sage ich im Schlaf. Am Fuß des Schweigens sprießt jedwede Winterwelt. Zwei Tage nach dem Großvater, drei vor der Mutter, einKalenderverliertSinnangesichtsderWahrheit.

Bevor der April Augen durchstäche, sieht J neben der Hängematte im Patio Platon. Das Verb sehen explodiert als wollte es sterben, Regen, Staub. Als wollte es

          Das ist jetzt Wurst.

                              also Oktober                                also Oktober
                              – universelle Diktatur               – Diktatur
                              aus Feuer                                      aus Mineral
                              aus Rippen                                   tote Evas
                              aufgeteilt                                      ze rspl it tert
                              auf Vokabeln                               ins Nichts
                              Insulin                                           ins hohle Sein
                              Faust                                             ein Verb
                              Erde, Schornstein                       konspiriert, gegenk
                              vor zerbrochenem Himmel      nspiriert, wegen, fü
                                                                                      r uns

          Das
          ist jetzt Wurst.

Aus dem guatemaltekischen Spanisch von Timo Berger
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Wingston González

Foto © Nicola Marcato
* 19.11.1986, Livingston, Guatemala
vive em: Guatemala-Stadt, Guatemala

Wingston González ist im Jahr 1986 in Livingston, Guatemala, geboren. Er hat mehrere Gedichtbände veröffentlicht, zuletzt “san juan – la esperanza” und “Miss muñecas Vudu” (beide 2013 erschienen). Er hat auch das Theaterstück “Autopsia de un resplandor” verfasst. Seine Texte sind in wichtigen Gedicht-/ Erzähl-/ und Essaysammlungen erschienen und er hat zusätzlich an verschiedene internationalen Literaturfestivals teilgenommen. Zur Zeit lebt er in Guatemala-Stadt.

 Foto © Javier Narváez
Publicações
  • Los magos del crepúsculo [y blues otra vez]

    Guatemala: Cultura, 2005

  • CafeínaMC, segunda parte, la fiesta y sus habitantes

    Guatemala: Catafixia, 2010

  • CafeínaMC, primera parte, anunciación de la fiesta

    Buenos Aires: Folía, 2011

  • san juan – la esperanza

    México DF: Literal, 2013

  • Miss Muñecas Vudu

    San José, Costa Rica: Germinal, 2013

  • ¡Hola Gravedad!

    Gedichte Spanisch/Deutsch

    Übersetzung: Timo Berger

    Berlin: hochroth, 2016

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