pt

1906

Logo lyrikline pure Logo lyrikline claim
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
todos os resultados
  • Contato
  • Parceiros
  • Doações
  • deutsch
  • english
  • français
  • slovenščina
  • العربية
  • русский
  • español
  • português
  • 中文
  • AUTORES
    • A-Z 
      • A
      • B
      • C
      • D
      • E
      • F
      • G
      • H
      • I
      • J
      • K
      • L
      • M
      • N
      • O
      • P
      • Q
      • R
      • S
      • T
      • U
      • V
      • W
      • X
      • Y
      • Z
    • por línguas 
      • africâner
        albanês
        alemão
        amárico
        armênio
        basco
        bengali
        bielo-russo
        birmanês
        bretão
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        chinês
        cingalês
        coreano
        cree
        croata
        curdo
        dinamarquês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        estoniano
        finlandês
        francês
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        groenlandês
        guzerate
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        letão
        lituano
        macedônio
        malaiala
        malaio
        maltês
        marata
        nepali
        norueguês
        oriya
        panjabi
        persa
        polonês
        português
        reto-romano
        romeno
        russo
        sami do norte
        sami do sul
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sérvio
        tcheco
        telugu
        tswana
        turco
        tâmil
        ucraniano
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        xosa
        árabe
    • por paises 
      • Albânia
        Alemanha
        Andorra
        Angola
        Argentina
        Argélia
        Armênia
        Arábia Saudita
        Austrália
        Bahrain
        Bangladesh
        Belarus
        Bolívia
        Botsuana
        Brasil
        Bulgária
        Burundi
        Bélgica
        Bósnia-Herzegovina
        Camboja
        Canadá
        Chile
        China
        Chipre
        Cingapura
        Colômbia
        Congo-Kinshasa
        Coreia do Sul
        Costa Rica
        Costa do Marfim
        Croácia
        Cuba
        Dinamarca
        Egito
        Emirados Árabes Unidos
        Eslováquia
        Eslovênia
        Espanha
        Estados Unidos
        Estônia
        Etiópia
        Finlândia
        França
        Gana
        Geórgia
        Groênlandia
        Grécia
        Guatemala
        Guiné Bissau
        Haiti
        Holanda
        Honduras
        Hungria
        Indonésia
        Iraque
        Irlanda
        Irã
        Islândia
        Israel
        Itália
        Iêmen
        Jamaica
        Japão
        Kuwait
        Letônia
        Lituânia
        Luxemburgo
        Líbano
        Líbia
        Macedônia
        Malawi
        Malta
        Malásia
        Marrocos
        Martinica
        Mianmar
        Moldávia
        Montenegro
        Moçambique
        México
        Nigéria
        Noruega
        Nova Zelândia
        Omã
        Paquistão
        Paraguai
        Peru
        Polônia
        Porto Rico
        Portugal
        Quênia
        Reino Unido
        República Dominicana
        República Tcheca
        Romênia
        Rússia
        Santa Lúcia
        Senegal
        Sri Lanka
        Suécia
        Suíça
        São Tomé e Príncipe
        Sérvia
        Síria
        Taiwan
        Território da Palestina
        Trinidad e Tobago
        Tunísia
        Turquia
        Ucrânia
        Uruguai
        Uzbequistão
        Venezuela
        Vietnã
        Zimbábue
        Zâmbia
        África do Sul
        Áustria
        Índia
  • POEMAS
    • por línguas 
      • africâner
        albanês
        alemão
        amárico
        arauaqui
        armênio
        basco
        bengali
        bielo-russo
        birmanês
        bretão
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        chinês
        cingalês
        coreano
        cree
        croata
        curdo
        dinamarquês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        estoniano
        finlandês
        francês
        frísio ocidental
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        groenlandês
        guzerate
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        idioma sorábio
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        letão
        lituano
        lushai
        macedônio
        malaiala
        malaio
        maltês
        maori
        marata
        nepali
        norueguês
        oriya
        panjabi
        persa
        polonês
        português
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do norte
        sami do sul
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sérvio
        tcheco
        telugu
        tswana
        tumbuka
        turco
        tâmil
        ucraniano
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        xosa
        árabe
    • em tradução 
      • abcázio
        afar
        africâner
        albanês
        alemão
        alemão suíço
        araucano
        armênio
        assamês
        basco
        bengali
        berbere
        bielo-russo
        bretão
        buriat
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        caxemira
        cazaque
        checheno
        chinês
        chuvash
        cingalês
        coreano
        croata
        curdo
        córsico
        dinamarquês
        duala
        escocês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        esperanto
        estoniano
        finlandês
        francês
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        guzerate
        haitiano
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        iacuto
        idioma sorábio
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        japonês
        kumyk
        latim
        letão
        lezghian
        lituano
        lushai
        macedônio
        maia
        malaiala
        malaio
        maltês
        marata
        mongol
        nepali
        norueguês
        occitânico
        oriya
        persa
        polonês
        português
        quirguiz
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do sul
        sardo
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sânscrito
        sérvio
        tadjique
        tcheco
        telugu
        turco
        tâmil
        tétum
        ucraniano
        udmurt
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        árabe
    • Géneros e característicos
      • Poesia experimental
      • Poesia concreta
      • Poesia sonora
      • Poesia visual
      • Projetos poéticos
      • Séries e ciclos
      • Poesia infantil
      • Poesia humorística
      • Poesia narrativa
      • Metapoesia
      • Ecopoesia
      • Poesia política
      • Poesia erótica
      • Dialeto
      • Performance
      • com música/audio
      • translingual / hybrid / Pidgin
    • Formas poéticas e conceitos
      • Ode
      • Haiku
      • Colagem / montagem (literária)
      • Dinggedicht
      • Prosa poética
      • Poema rimado
      • Renshi
      • Sextina
      • Soneto
      • Terzina
      • Villanella
      • Gazel
      • Balada
    • Temas
      • Sociedade
        • Identidade coletiva
        • Tradições
        • Pátria
        • Cidade e vida urbana
        • História
        • Política
        • Guerra
        • Exílio
        • Economia
        • Crítica social
      • Vida e relações
        • Família
          • Nascimento
          • Filho
          • Mãe
          • Pai
        • Infância e adolescência
        • Idade
        • Memória
        • Identidade pessoal
        • Gênero e sexualidade
          • Mulher
          • Homem
          • Sexo e erotismo
          • Homossexualidade
        • Amizade
        • Amor
        • Matrimônio
        • Conflitos em relações
        • Trabalho
        • Doença
        • Corpo
        • violência
        • Perda e separação
        • Morte e luto
        • Sepultamento
        • Religião e espiritualidade
        • Sonhar
        • Viagem
        • Tempo
        • Comer e beber
        • Álcool e drogas
      • Cultura e ciências
        • Arquitetura e design
        • Poesia e poetas
        • Arte e pintura
        • Literatura e leitura
        • Contos de fadas e lendas
        • Medicina e ciências naturais
        • Música
        • Mitologia
        • Filosofia
        • Fotografia e cinema
        • Cultura popular
        • Língua
        • Teatro e dança
        • Escrever (poesia)
      • Natureza
        • Primavera
        • Verão
        • Outono
        • Inverno
        • Paisagem
        • Água
        • Fauna
        • Flora
      • Rubato
  • NOVO
    • Poemas
    • Autores
    • Traduções
Login
  •  

Filipa Leal

A CIDADE LÍQUIDA

  • 1 [Hoje, também os carros dançam.] | Traduções : en
  • 2 A CIDADE LÍQUIDA | Traduções : ende
  • 3 A CIDADE ESQUECIDA
  • 4 NOS DIAS TRISTES NÃO SE FALA DE AVES | Traduções : ende
  • 5 A NOSSA ALDEIA
  • 6 ODE LOUCA
  • 7 O PESO DOS LIVROS | Traduções : en
  • 8 TEVE NESSA TARDE UMA CRIANÇA
  • 9 ESTÁTUA DA LIBERDADE | Traduções : ende
  • 10 A RECUSA DO AMOR
língua: português
Traduções : inglês (THE LIQUID CITY), alemão (Die flüssige Stadt)
  • play
  • pause
Update Required To play the media you will need to either update your browser to a recent version or update your Flash plugin.

A CIDADE LÍQUIDA

A cidade movia-se como um barco. Não. Talvez o chão se abrisse em algum
lado. Não. Era a tontura. A despedida. Não. A cidade talvez fosse de água.
Como sobreviver a uma cidade líquida?
(Eu tentava sustentar-me como um barco.)
As aves molhavam-se contra as torres. Tudo evaporava: os sinos, os relógios,
os gatos, o solo. Apodreciam os cabelos, o olhar. Havia peixes imóveis na
soleira das portas. Sólidos mastros que seguravam as paredes das coisas. Os
marinheiros invadiam as tabernas. Riam alto do alto dos navios. Rompiam a
entrada dos lugares. As pessoas pescavam dentro de casa. Dormiam em
plataformas finíssimas, como jangadas. A náusea e o frio arroxeavam-lhes os
lábios. Não viam. Amavam depressa ao entardecer. Era o medo da morte. A
cidade parecia de cristal. Movia-se com as marés. Era um espelho de outras
cidades costeiras. Quando se aproximava, inundava os edifícios, as ruas.
Acrescentava-se ao mundo. Naufragava-o. Os habitantes que a viam
aproximar-se ficavam perplexos a olhá-la, a olhar-se. Morriam de vaidade e
de falta de ar. Os que eram arrastados agarravam-se ao que restava do interior
das casas. Sentiam-se culpados. Temiam o castigo. Tantas vezes desejaram
soltar as cordas da cidade. Agora partiam com ela dentro de uma cidade
líquida.
(Eu ficara exactamente no lugar de onde saiu.)

© Deriva Editoras
Extraído de: A Cidade Líquida e Outras Texturas
Porto: Deriva Editoras, 2006
Produção de áudio: Câmara Municipal de Lisboa

Traduções :

língua: inglês

THE LIQUID CITY

The city rocked like a boat. No. Perhaps the ground would crack open somewhere. No. It was the giddiness. It was the departure. No. Perhaps the city was made of water. How to survive a liquid city?
(I tried to steady myself like a boat.)
The birds became wet against the towers. Everything was evaporating: the bells, clocks, cats, ground. Hair and gazes were rotting. Fish stood still on the doorsteps. Solid masts held the walls of things. The sailors invaded the taverns. They laughed loudly from up high in the ships. They burst in to places. People went fishing at home. They slept on the flimsiest surfaces, like rafts. Nausea and cold purpled their lips. They couldn’t see. They made love quickly in the late afternoon. It was the fear of death. The city seemed like crystal. It moved with the tides. It was a mirror of other coastal cities. As it drew closer, it flooded the buildings, the streets. It added itself to the world. It shipwrecked itself. The dwellers who could see it approaching stared at it, at each other, perplexed. They were dying of vanity and lack of air. The ones who were being dragged away held on to what was left inside the houses. They felt guilty. They feared punishment. They had so often wished to untie the city’s ropes. Now they were going with it, inside a liquid city.
(I had remained in the exact spot from which it left).

© Translated by Ana Hudson, 2011

first on: www.poemsfromtheportuguese.org
língua: alemão

Die flüssige Stadt

Die Stadt schwankte wie ein Schiff. Nein. Vielleicht brach irgendwo der Boden. Nein. Es war Schwindelgefühl. Abschied. Nein. Die Stadt war vielleicht aus Wasser. Wie überlebt man eine flüssige Stadt?
(Ich versuchte, mich zu halten wie ein Schiff)
Die Vögel wurden an den Türmen nass. Alles verdampfte: Glocken, Uhren, Katzen, der Grund. Haare verfaulten, und Blicke. An den Türschwellen reglose Fische. Stämmige Masten stützten die Wände der Dinge. Seeleute überfluteten Spelunken. Sie lachten laut auf dort oben auf ihren Schiffen. Keine Tür hielt ihnen stand. Die Leute fischten bei sich in den Häusern. Sie schliefen auf hauchdünnen Hölzern wie auf Flößen. Bekamen blaue Lippen vor Übelkeit und Kälte. Sie konnten nichts sehen. Liebten sich eilig am Abend. Aus Angst vor dem Tod. Die Stadt schien aus Kristall. Bewegte sich mit den Gezeiten. In ihr das Spiegelbild der anderen Küstenstädte. Wenn sie heranrollte, überflutete sie Gebäude, Straßen. Sie fügte sich der Welt hinzu. Versenkte sie. Ihre Bewohner starrten sie entgeistert an, starrten sich an. Sie starben an Eitelkeit und aus Mangel an Luft. Wer mitgerissen wurde, klammerte sich an das, was vom Innern der Häuser noch blieb. Fühlte sich schuldig. Fürchtete Strafe. Wie oft hätte man am liebsten die Seile der Stadt gekappt. Nun wurden sie fortgetragen von ihr, im Inneren einer flüssigen Stadt.
(Ich war genau dort geblieben, wo sie erschienen war) 

Übersetzung aus dem Portugiesischen: Odile Kennel
Poema anterior
   ([Hoje, também os...)
2 / 10
Poema seguinte
(A CIDADE ESQUECIDA)   
Ouvir todos os poemas

Filipa Leal

* 14.03.1979, Porto, Portugal
vive em: Lisbon, Portugal

Filipa Leal was born in Porto in 1979.

She studied journalism at the University of Westminster in London and Portuguese and Brazilian Literature at the University of Porto.

As cultural journalist, and after having been editor of the supplement

“Das Artes, Das Letras” at the newspaper “O Primeiro de Janeiro”,

she is currently a TV journalist (RTP2) “Diário Câmara Clara” and

managing editor of Casa Fernando Pessoa’s magazine.

Since 2003 Filipa Leal reads poetry all over the country (Centro

Cultural de Belém, Casa das Artes de Famalicão, Palácio de Belém,

Fundação Eugénio de Andrade, among others).

She has published several poetry books and is represented in

foreign anthologies.

Publicações
  • lua-polaroid

    Vila Nova de Gaia: Corpos, 2003

  • Talvez os Lírios Compreendam

    Prefácio de António Mega Ferreira

    Porto: Fundação Ciência e Desenvolvimento, 2004

  • A Cidade Líquida e Outras Texturas

    Porto: Deriva Editores, 2006

  • O Problema de ser Norte

    Porto: Deriva Editores, 2008

  • A Inexistência de Eva

    Porto: Deriva Editores, 2009

Links
  • Poems from the Portuguese

    Leal's poems in Portuguese and English translations

    Website (en)

Marcar poema / agregar à lista

memorizado 5 vezes

Included in the following lists
  • ( português )
    compiled by felisalgado
all public lists

Gedicht schon auf Favoritenliste

Wenn Du Dir Gedichte merken möchtest, werde einfach Community-Mitglied.

Register now
Outros autores de Portugal Outros poemas em português Traduções para português

Poema aleátorio

PUSH!

gedicht page complete: (0,096s)
  • Sobre
  • Newsletter
  • Blog
  • Links
  • Ficha técnica
lyrikline é um projeto da Literaturwerkstatt de Berlim em cooperação com os parceiros da rede internacional do lyrikline