pt

15150

Logo lyrikline pure Logo lyrikline claim
  • Contato
  • Parceiros
  • Doações
Login
  • Contato
  • Parceiros
  • Doações
  • deutsch
  • english
  • français
  • slovenščina
  • العربية
  • русский
  • español
  • português
  • 中文
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
todos os resultados
  • Autores
    • A-Z
    • por línguas
    • por paises
    • Todos
  • Poemas
    • por línguas
    • em tradução
    • Todos
  • Tradutores/as
    • A-Z
  • Traduções
    • A-Z
  • NOVO
    • Poemas
    • Autores
    • Traduções
Logo lyrikline pure Logo lyrikline claim
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
todos os resultados
  • Contato
  • Parceiros
  • Doações
  • deutsch
  • english
  • français
  • slovenščina
  • العربية
  • русский
  • español
  • português
  • 中文
  • Autores
    • novo no Lyrikline
    • A-Z 
      • A
      • B
      • C
      • D
      • E
      • F
      • G
      • H
      • I
      • J
      • K
      • L
      • M
      • N
      • O
      • P
      • Q
      • R
      • S
      • T
      • U
      • V
      • W
      • X
      • Y
      • Z
    • por línguas 
      • africâner
        aimara
        albanês
        alemão
        amárico
        armênio
        basco
        bengali
        bielo-russo
        birmanês
        bkms
        bretão
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        chinês
        cingalês
        coreano
        cree
        croata
        curdo
        dinamarquês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        estoniano
        finlandês
        francês
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        groenlandês
        guzerate
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        letão
        lituano
        macedônio
        malaiala
        malaio
        maltês
        marata
        montenegrino
        nepali
        norueguês
        oriya
        panjabi
        persa
        polonês
        português
        reto-romano
        romeno
        russo
        sami do norte
        sami do sul
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sérvio
        tcheco
        telugu
        tswana
        turco
        tâmil
        ucraniano
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        xosa
        árabe
    • por paises 
      • Afeganistão
        Albânia
        Alemanha
        Andorra
        Angola
        Argentina
        Argélia
        Armênia
        Arábia Saudita
        Austrália
        Bahrain
        Bangladesh
        Belarus
        Bolívia
        Botsuana
        Brasil
        Bulgária
        Burundi
        Bélgica
        Bósnia-Herzegovina
        Camboja
        Canadá
        Chile
        China
        Chipre
        Cingapura
        Colômbia
        Congo-Kinshasa
        Coreia do Sul
        Costa Rica
        Costa do Marfim
        Croácia
        Cuba
        Dinamarca
        Egito
        Emirados Árabes Unidos
        Eslováquia
        Eslovênia
        Espanha
        Estados Unidos
        Estônia
        Etiópia
        Finlândia
        França
        Gana
        Geórgia
        Groênlandia
        Grécia
        Guatemala
        Guiné Bissau
        Haiti
        Holanda
        Honduras
        Hungria
        Indonésia
        Iraque
        Irlanda
        Irã
        Islândia
        Israel
        Itália
        Iêmen
        Jamaica
        Japão
        Kuwait
        Letônia
        Lituânia
        Luxemburgo
        Líbano
        Líbia
        Macedônia
        Malawi
        Malta
        Malásia
        Marrocos
        Martinica
        Mianmar
        Moldávia
        Montenegro
        Moçambique
        México
        Nigéria
        Noruega
        Nova Zelândia
        Omã
        Paquistão
        Paraguai
        Peru
        Polônia
        Porto Rico
        Portugal
        Quênia
        Reino Unido
        República Dominicana
        República Tcheca
        Romênia
        Rússia
        Santa Lúcia
        Senegal
        Somália
        Sri Lanka
        Suécia
        Suíça
        São Tomé e Príncipe
        Sérvia
        Síria
        Taiwan
        Território da Palestina
        Trinidad e Tobago
        Tunísia
        Turquia
        Ucrânia
        Uruguai
        Uzbequistão
        Venezuela
        Vietnã
        Zimbábue
        Zâmbia
        África do Sul
        Áustria
        Índia
  • Poemas
    • novo no Lyrikline
    • por línguas 
      • africâner
        aimara
        albanês
        alemão
        amárico
        arauaqui
        armênio
        basco
        bengali
        bielo-russo
        birmanês
        bkms
        bretão
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        chinês
        cingalês
        coreano
        cree
        croata
        curdo
        dinamarquês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        estoniano
        finlandês
        francês
        frísio ocidental
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        groenlandês
        guzerate
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        idioma sorábio
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        letão
        lituano
        lushai
        macedônio
        malaiala
        malaio
        maltês
        maori
        marata
        montenegrino
        nepali
        norueguês
        oriya
        panjabi
        persa
        polonês
        português
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do norte
        sami do sul
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sérvio
        tcheco
        telugu
        tswana
        tumbuka
        turco
        tâmil
        ucraniano
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        xosa
        árabe
    • em tradução 
      • abcázio
        afar
        africâner
        albanês
        alemão
        alemão suíço
        araucano
        armênio
        assamês
        azerbaijano
        basco
        bashkir
        bengali
        berbere
        bielo-russo
        bkms
        bretão
        buriat
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        caxemira
        cazaque
        checheno
        chinês
        chuvash
        cingalês
        coreano
        croata
        curdo
        córsico
        dinamarquês
        duala
        escocês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        esperanto
        estoniano
        finlandês
        francês
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        guzerate
        haitiano
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        iacuto
        idioma sorábio
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        kalmyk
        kumyk
        latim
        letão
        lezghian
        lituano
        lushai
        macedônio
        maia
        malaiala
        malaio
        maltês
        marata
        mongol
        nepali
        norueguês
        occitânico
        oriya
        ossetic
        persa
        polonês
        português
        quirguiz
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do sul
        sardo
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sânscrito
        sérvio
        tadjique
        tatar
        tcheco
        telugu
        turco
        turcomano
        tâmil
        tétum
        ucraniano
        udmurt
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        árabe
    • Géneros e característicos
      • Poesia experimental
      • Poesia concreta
      • Poesia sonora
      • Poesia visual
      • Projetos poéticos
      • Séries / Ciclos
      • Poesia infantil
      • Poesia humorística
      • Poesia narrativa
      • Metapoesia
      • Ecopoesia
      • Poesia política
      • Poesia erótica
      • Dialeto
      • Performance
      • com música/audio
      • translingual / hybrid / Pidgin
    • Formas poéticas e conceitos
      • Ode
      • Haiku
      • Colagem / montagem (literária)
      • Dinggedicht
      • Prosa poética
      • Poema rimado
      • Renshi
      • Sextina
      • Soneto
      • Villanella
      • Gazel
      • Balada
    • Temas
      • Sociedade
        • Identidade coletiva
        • Tradições
        • Pátria
        • Cidade e vida urbana
        • História
        • Política
        • Discriminação / Racismo
        • Guerra
        • Exílio
        • Economia
        • Crítica social
      • Vida e relações
        • Família
          • Nascimento
          • Filho
          • Mãe
          • Pai
        • Infância e adolescência
        • Idade
        • Memória
        • Identidade pessoal
        • Gênero e sexualidade
          • Mulher
          • Homem
          • Sexo / Erotismo
          • Homossexualidade
        • Amizade
        • Amor
        • Matrimônio
        • Conflitos em relações
        • Trabalho
        • Doença
        • Corpo
        • violência
        • Perda e separação
        • Morte / Luto
        • Sepultamento
        • Religião / Espiritualidade
        • Sonhar
        • Viagem
        • Tempo
        • Comer e beber
        • Álcool e drogas
      • Cultura e ciências
        • Arquitetura e design
        • Poesia e poetas
        • Arte e pintura
        • Literatura e leitura
        • Contos de fadas e lendas
        • Medicina e ciências naturais
        • Música
        • Mitologia
        • Filosofia
        • Fotografia e cinema
        • Cultura popular
        • Língua
        • Teatro e dança
        • Escrever (poesia)
      • Natureza
        • Primavera
        • Verão
        • Outono
        • Inverno
        • Paisagem
        • Água
        • Fauna
        • Flora
      • Rubato
  • Tradutores/as
    • A-Z 
      • A
      • B
      • C
      • D
      • E
      • F
      • G
      • H
      • I
      • J
      • K
      • L
      • M
      • N
      • O
      • P
      • Q
      • R
      • S
      • T
      • U
      • V
      • W
      • X
      • Y
      • Z
    • traduz de 
      • africâner
        aimara
        albanês
        alemão
        amárico
        arauaqui
        armênio
        basco
        bengali
        bielo-russo
        birmanês
        bkms
        bretão
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        chinês
        cingalês
        coreano
        cree
        croata
        curdo
        dinamarquês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        estoniano
        finlandês
        francês
        frísio ocidental
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        groenlandês
        guzerate
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        idioma sorábio
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        letão
        lituano
        lushai
        macedônio
        malaiala
        malaio
        maltês
        maori
        marata
        montenegrino
        nepali
        norueguês
        oriya
        panjabi
        persa
        polonês
        português
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do norte
        sami do sul
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sérvio
        tcheco
        telugu
        tswana
        tumbuka
        turco
        tâmil
        ucraniano
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        xosa
        árabe
    • traduz para 
      • abcázio
        afar
        africâner
        albanês
        alemão
        alemão suíço
        araucano
        armênio
        assamês
        azerbaijano
        basco
        bashkir
        bengali
        berbere
        bielo-russo
        bkms
        bretão
        buriat
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        caxemira
        cazaque
        checheno
        chinês
        chuvash
        cingalês
        coreano
        croata
        curdo
        córsico
        dinamarquês
        duala
        escocês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        esperanto
        estoniano
        finlandês
        francês
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        guzerate
        haitiano
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        iacuto
        idioma sorábio
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        kalmyk
        kumyk
        latim
        letão
        lezghian
        lituano
        lushai
        macedônio
        maia
        malaiala
        malaio
        maltês
        marata
        mongol
        nepali
        norueguês
        occitânico
        oriya
        ossetic
        persa
        polonês
        português
        quirguiz
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do sul
        sardo
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sânscrito
        sérvio
        tadjique
        tatar
        tcheco
        telugu
        turco
        turcomano
        tâmil
        tétum
        ucraniano
        udmurt
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        árabe
  • Traduções
    • novo no Lyrikline
    • por idioma de origem 
        africâner
        aimara
        albanês
        alemão
        amárico
        arauaqui
        armênio
        basco
        bengali
        bielo-russo
        birmanês
        bkms
        bretão
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        chinês
        cingalês
        coreano
        croata
        curdo
        dinamarquês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        estoniano
        finlandês
        francês
        frísio ocidental
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        groenlandês
        guzerate
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        letão
        lituano
        lushai
        macedônio
        malaiala
        malaio
        maltês
        maori
        marata
        montenegrino
        nepali
        norueguês
        oriya
        panjabi
        persa
        polonês
        português
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do norte
        sami do sul
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sérvio
        tcheco
        telugu
        tswana
        tumbuka
        turco
        tâmil
        ucraniano
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        xosa
        árabe
    • por idioma de destino 
      • abcázio
        afar
        africâner
        albanês
        alemão
        alemão suíço
        araucano
        armênio
        assamês
        azerbaijano
        basco
        bashkir
        bengali
        berbere
        bielo-russo
        bkms
        bretão
        buriat
        bósnio
        búlgaro
        canarês
        catalão
        caxemira
        cazaque
        checheno
        chinês
        chuvash
        cingalês
        coreano
        croata
        curdo
        córsico
        dinamarquês
        duala
        escocês
        eslovaco
        esloveno
        espanhol
        esperanto
        estoniano
        finlandês
        francês
        galego
        galês
        gaélico escocês
        georgiano
        grego
        guzerate
        haitiano
        hebraico
        holandês
        híndi
        húngaro
        iacuto
        idioma sorábio
        indonésio
        inglês
        irlandês
        islandês
        italiano
        iídiche
        japonês
        kalmyk
        kumyk
        latim
        letão
        lezghian
        lituano
        lushai
        macedônio
        maia
        malaiala
        malaio
        maltês
        marata
        mongol
        nepali
        norueguês
        occitânico
        oriya
        ossetic
        persa
        polonês
        português
        quirguiz
        reto-romano
        romani
        romeno
        russo
        sami do sul
        sardo
        shona
        sindi
        suaili
        sueco
        sânscrito
        sérvio
        tadjique
        tatar
        tcheco
        telugu
        turco
        turcomano
        tâmil
        tétum
        ucraniano
        udmurt
        urdu
        usbeque
        vietnamita
        árabe
Login
  •  

Tálata Rodríguez

Bob

  • 1 Tanta Ansiedad | Traduções : en
  • 2 Rana Sobre Piedra | Traduções : de
  • 3 Hoy Mark Ribot pasea solo | Traduções : de
  • 4 Agua de puerto | Traduções : de
  • 5 En el bosque del sonambulismo sexual (Remix)
  • 6 Bob | Traduções : de
língua: espanhol
Traduções : alemão (Bob)
  • play
  • pause
Update Required To play the media you will need to either update your browser to a recent version or update your Flash plugin.

Bob

Supo que Bob Dylan había escuchado su  salvaje versión de “It aint me babe”*. Se lo comentó alguien al pasar en una fiesta y todavía lo recordaba  a pesar de la nube confusa que era la noche. Estaba avergonzada, no sólo, porque  Bob Dylan la escuchara a ella, “una minita que apenas sabe tocar tres acordes”, sino porque  había grabado la canción tras una pelea y tenía los ojos hinchados como pelotas. Y lo había hecho en video, en español,  en una sola toma, pero la idea, la idea, era ingeniosa: la chica a la que el joven Bob canta “no soy yo, nena, no soy yo el que buscás”  usaba los mismos argumentos a su favor para decir: “no sos v,os, nene, no sos vos el que busco”.  A su manera de entender, reivindicaba a aquella mujer cualquier hija de vecino que exige a su hombre lo que cualquier hija de vecino debe exigir. Pero no cualquier hija de vecino era la dueña del corazón de Bob aunque le inspirara, sí, más de una canción recordada generación tras generación. Todavía recordaba la escena cuando sonó el teléfono  y una voz fresca y extranjera le dijo: “Bob Dylan quiere hablar con usted”. “Soy cocinera, que venga a cenar”, no dudaba  era el año del dragón y todos los planetas bailaban a su alrededor.  se puso un batón que olía a flores. Hizo su lista de compras, y compró: Plátano, batatas, hongos shitake, uvas… cerezas.  Cocinó sin parar  todo tipo de cocciones:, al vapor, crudas, hervidas, puré, al horno, fritas.  Vista desde arriba la mesa parecía un mandala o la cola abierta de un pavo real. No se detuvo a pensar si estaba muy nerviosa, si no estaba cocinando algo, estaba lavando algo o cortándose el pelo o pintándose las uñas de los pies. Sonó el timbre. Llegó Él. Como en los sueños en los que tevas a morir, temía que al ver a Bob la imagen se desvaneciera y se despertara en una cama doble con el costado derecho de las sábanas estirado. Pero bajó, y subieron  y tomaron un fernet con soda y limón. Y no había música pero en todo lo que él decía ella escuchaba una canción mientras respondía, con exagerados gestos, sobre las cosas que comían y viajar por el mundo hasta que él, con el sombrero de la noche del cazador, un aro en la oreja,señala el libro y le pregunta: “leíste a  Fogwill?”.

Ella Grita. Explota. Estalla

Da un saltito hasta agarrarle el brazo con la mano que sostiene el vaso. Habla del viejo Frog con el viejo Bob. Incluso se atreve a hacer una comparación sentimental y absurda entre Los pichiciegos y Changing of the guards. Pero cuando escucha al viejo Bob decir: “En 1978 yo también hice el amor con una muchacha punk, como vos”, se excita y va a buscar el postre: una cereza.

Una cereza.

“Este es el postre”, dice y el viejo Bob, que tiene todo de viejo, viejo  diablo, viejo Fogill, muerde el cachete más jugoso de la fruta y con los dientes morados de jugo la tira sobre la cama. Y ya no es el viejo Bob, este crooner de estadios, sino el joven judas de la guitarra eléctrica. Y le lame el cuello con su lengua poética, y ella se siente una guitarra, una canción, “It ain´t me, babe, no no no no”
Pero despierta. Despierta en una cama doble con el costado derecho de las sábanas estirado. Su hijo durmiendo en el cuarto. Autos  veloces sobre la autopista como sueños fugaces. Toma dos tragos de agua. En el comedor,

el sol

dibuja su jaula.

© Tálata Rodríguez
Extraído de: Primera línea de fuego
Buenos Aires: Tenemos Las Máquinas, 2013
Produção de áudio: Haus für Poesie / 2017
Kategorien: Comer e beber, Sexo / Erotismo, Música, Cultura popular

Traduções :

língua: alemão

Bob

Sie hatte erfahren, dass Bob Dylan ihre wilde Version von „It ain’t me, babe“ gehört hatte. Auf einer Party hatte es ihr jemand im Vorbeigehen gesagt und sie erinnerte sich immer noch daran, obwohl sich die ganze Nacht in einer konfusen Wolke auflöste. Es war ihr peinlich, nicht nur, weil der alte Bob „ein Mädchen, das gerade mal drei Akkorde beherrscht“, also sie, gehört hatte, sondern weil sie das Lied nach einem Streit aufgenommen hatte, und ihre Augen stark geschwollen waren. Und sie hatte das Video auf Spanisch in einer einzigen Einstellung gedreht; aber die Idee, die Idee war eigentlich genial: Das Mädchen, dem der junge Bob „Ich bin’s nicht, Süße, bin nicht der, den du suchst“ entgegensingt, benutzt dasselbe Argument für sich und erwidert: „Du bist’s nicht, Süßer, du bist nicht der, den ich suche.“ Nach ihrem Verständnis bekannte sie sich damit zu diesem romantischen Mädchen, das von ihrem Mann fordert, was jede Tochter von Nebenan fordern sollte. Aber nicht jeder Tochter von Nebenan gehört das Herz von Bob, auch wenn sie ihn zu mehr als einem erinnerungswürdigen Song inspirierte, der von all den Generationen angestimmt werden würde, die geboren werden, nachdem Bob sich dazu entschlossen hatte, seinem aktuellen Model die Meinung zu sagen. Sie musste immer noch an die Szene denken, in der ihr jemand sagte, dass Bob „Du bist es nicht, Süßer“ gehört hatte, als das Telefon in der Wohnung klingelte und eine frische, ausländische Stimme zu ihr sagte: „Bob Dylan will Sie sprechen.“ Sie stellte keine Frage, hörte sich lediglich sagen: „Ich würde ihn gern zum Abendessen einladen. Ich bin Köchin.“ Die Klarheit ist ein im Wind stehender Drachen. Sie schrieb eine Einkaufsliste, warf sich einen Kittel über und stapfte zum Gemüseladen. Sie dachte nicht lange nach, es war das Jahr des Drachens und alle Planeten tanzten um sie herum. Kochbananen, Süßkartoffeln, Shiitake-Pilze, Trauben … Kirschen. Ohne Unterlass versuchte sie sich an allen möglichen Zubereitungsarten: Dämpfen, Rohkost, Kochen, Pürieren, Backen, Braten. Von oben glich der Tisch einem Mandala oder den aufgefächerten Schwanzfedern eines Pfaus. Sie fragte sich gar nicht erst, ob sie nervös war. Wenn sie gerade nicht kochte, dann spülte sie etwas ab, schnitt sich die Haare oder lackierte sich die Zehennägel. Es klingelte. Er war da. Wie in diesen Träumen, in denen du dich sterben siehst, fürchtete sie, dass sich, wenn sie Bob sah, das Bild auflösen und sie in einem Doppelbett aufwachen würde, dessen Laken neben ihr unberührt geblieben waren. Doch sie ging runter zur Haustür, zusammen gingen sie wieder nach oben und tranken einen Fernet mit Soda-Wasser und Zitrone. Die Anlage war aus, aber aus allem, was er sagte, hörte sie einen Song heraus, während sie ihm mit übertriebenen Gesten seine Fragen beantwortete, was sie aßen, und wohin auf der Welt sie gereist war, bis er mit dem Hut aus Die Nacht des Jägers und einem Ohrring auf ein Buch zeigt und fragt: „Hast du Fogwill gelesen?“

Sie schreit. Platzt. Explodiert.

Sie macht einen Sprung, bis sie ihn mit der Hand, die das Glas hielt, am Ellbogen erwischt. Sie spricht mit dem alten Bob über den alten Frog. Sie wagt sogar einen sentimentalen und absurden Vergleich zwischen Los pichiciegos und Changing of the Guards. Aber als sie den alten Bob sagen hörte, „1978 habe ich auch mit einem Punkmädchen geschlafen“, macht sie das heiß und sie geht den Nachtisch holen: eine Kirsche.

Eine Kirsche.

„Das ist der Nachtisch“, sagte sie zum alten Dylan, der alles von einem Alten hat, einem alten Teufel, einem alten Weisen, einem alten Fogwill. Er biss ins prallere Bäckchen der Frucht und mit vom Saft purpurgefärbten Zähnen stößt er sie ins Bett. Und er ist schon nicht mehr der alte Dylan, dieser Crooner der Stadien, sondern der junge Judas der E-Gitarre. Und er leckte ihren Hals mit seiner poetischen Zunge, und sie fühlt sich eine Gitarre, einen Song, „It ain’t me, babe, no no no no“.
Doch dann wacht sie auf. Wacht auf in einem Doppelbett, die Laken auf der rechten Seite ist unberührt. Ihr Sohn schläft in seinem Zimmer. Autos fahren wie Sternschnuppen über die Autobahn. Sie nimmt zwei Schluck Wasser. Ins Esszimmer

zeichnet die Sonne

ihren Käfig.


Timo Berger
Poema anterior
   (En el bosque del...)
6 / 6
nächstes Gedicht
(Tanta Ansiedad)   
Ouvir todos os poemas

Tálata Rodríguez

Foto © Carsten Meltendorf
* 09.10.1978, Bogotá, Colômbia
vive em: Buenos Aires, Argentina

Tálata Rodríguez Geboren 1978 in Bogotá, Tochter eines Kolumbianers und einer Argentinierin, weshalb sie ihr Leben zwischen beiden Kulturen aufbaute und ihren Lebensmittelpunkt 1989 in Buenos Aires fand. Seitdem sie 15 Jahre alt ist, widmet sie sich kulturellem Aktivismus. Nahm an unzähligen Produktionen von Veranstaltungen teil, die mit der Verbreitung von Musik, Literatur, visuellen Künsten und der Gastronomie verknüpft sind. Im Alter von fünf Jahren publizierte sie zusammen mit ihrem Vater ein Gedicht- und Bilderbuch namens „Los pájaros de la montaña soñadora“ (Bogotá, ed. Arbol de Tinta, 1983). Im Jahre 2013 war sie Herausgeberin der Multimedia-Buchinstallation Primera Línea de Fuego (ed. Tenemos Las Máquinas) bestehend aus neun Gedichten und neun Videoclips, welche an unkonventionellen Orten in Buenos Aires gedreht wurden. Im Jahre 2014 gewann der Videoclip „BOB“ den Norberto-Griffa-Preis für künstlerisches Schaffen in Lateinamerika (BIM14). 2015 nahm sie an der Schreibwerkstatt für unkreatives Schreiben Literatura Basura des Performance-Events „BP15“ in Buenos Aires sowie bei PADREPOSTAL in Buenos Aires und Santiago de Compostela teil. Im gleichen Jahr veröffentlichte sie TANTA ANSIEDAD in Spanien (LapsusCalami-Caligrama) und NUESTRO DÍA LLEGARÁ (SpyralJetti) in Argentinien. Gleichzeitig arbeitete sie an Projekten mit Videokünstlern in Bogotá und Madrid. Mitte dieses Jahres machte sie eine Tournee durch Madrid und Barcelona. Aktuell beschäftigt sie sich damit, das Feld der transmedialen Kreation, sowie die Erstellung von audivisuellen literarischen Inhalten in Zusammenarbeit mit verschiedenen Künstlern aus diesen Bereichen zu erkunden. Im Moment arbeitet sie an der Herausgabe einer neuen Gedichtesammlung in Zusammenarbeit mit dem bekannten argentinischen Verlag MANSALVA.

 Foto © Carsten Meltendorf
Publicações
  • Primera línea de fuego

    el libro objeto multimedia

    Buenos Aires: Tenemos Las Máquinas, 2013

  • Tanta ansiedad

    Madrid: Lapsus Calami-Caligrama, 2015

  • Nuestro día llegará

    Buenos Aires: Spyral Jetti, 2015

Prêmios
  • 2014 Norberto Griffa Prize

Links
  • About Tálata Rodríguez

  • Youtube channel of Tálata Rodríguez

Marcar poema / agregar à lista

memorizado 3 vezes

Included in the following lists
  • ( español )
    compiled by felisalgado
all public lists

Gedicht schon auf Favoritenliste

Wenn Du Dir Gedichte merken möchtest, werde einfach Community-Mitglied.

Register now
Outros autores de Argentina Outros poemas em espanhol Traduções para espanhol

Poema aleátorio

PUSH!

gedicht page complete: (1,025s)
  • Sobre
  • Newsletter
  • Blog
  • Links
  • Ficha técnica
lyrikline é um projeto da Literaturwerkstatt de Berlim em cooperação com os parceiros da rede internacional do lyrikline
AutorInnen Tradutores/as