Jussara Salazar
1907, BRUMAS.
Galactita tem as mãos repletas de anéis. Adora poemas modernos abstrações
coisas que vivem e morrem
como no cinematógrafo
luce fulgor luce. Os poemas
tragam-lhe o espírito como a fumaça noir
tão antiga
moderna
(Um gato negro salta e
desenha com a sombra
o sabre de prata furta-cor
À noite os meninos-lobos
uivam em torno da casa.
– Aurífice –
é a senha para afastar os maus espíritos.
Muscu caracol
enrola-se na ânfora
e aroma o alcaçuz e o alecrim
entre filetes de sol ─
o incenso almiscarado desenha um galeão que
doura desliza silencioso no horizonte
Dois chacais
sonoros e
pérolas carmesins. Um carrossel girando recorda
Vermeer, virtú